Na peça Fita Crepe (eu e Marcos Prado no Teatro de Bolso, recitando Paulo Leminski e Thadeu Wojciechowski sob a direção de Aníbal Marques logo ali no século passado), Marcos fechava assim o último ato:
que tudo passe
passe a noite
passe a peste
passe o verão
passe o inverno
passe a guerra
e passe a paz
passe o que nasce
passe o que nem
passe o que faz
passe o que faz-se
que tudo passe
e passe muito bem
p. leminski
decididamente, tudo tem seu fim - foi o que senti ontem descendo pela escada rolante.
que tudo passe
passe a noite
passe a peste
passe o verão
passe o inverno
passe a guerra
e passe a paz
passe o que nasce
passe o que nem
passe o que faz
passe o que faz-se
que tudo passe
e passe muito bem
p. leminski
decididamente, tudo tem seu fim - foi o que senti ontem descendo pela escada rolante.
{~*~}
interessante que hoje, dia 18 de maio, me deparei com a seguinte gregueria do poeta Ramón Gómes de la Serna: "As escadas rolantes me inquietam, / porque revelam como sempre somos / conduzidos pela fatalidade, mesmo / quando pensamos que estamos imóveis."
a tradução é de Sérgio Alcides.
2 comentários:
é vero. como diria o álvaro de campos, "no fim de tudo dormir". beijos da amiga que tá passando bem pra caramba. ;-D
Que depois de tudo passar (e pasar bem)comece tudo novo em folha. Lembro bem desse tempo bom, lembro de que aconteceram coisas boas e outras nem tanto. Mas quando lembro de você e o Marcos lá, o coração bate mais e bate para o bem.
Beijos
Beco
PS: um trechinho de um negócio que escrevi e vai sair no livro que estou preparando:
"as graças da vida, me atrasar,
e saber que sempre tem trem pra sair"
RP
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