Perfume
a Jean-Baptiste Grenouille
Ao olfato cabe o específico
detectar do aroma exato.
Na memória, um objeto explícito
ganha cor, gosto, som e tato.
Se na mente o odor não está contido
é natural que gere uma química fascinante
e o organismo vibre em busca do sentido
que, fluido, foge à razão volatizante.
Mais do que esse poema, o perfumista diz:
"Do profundo abismo ao inacessível penhasco,
colhi o que está bem embaixo do seu nariz:
a natureza, corpo e alma, neste frasco."
a Jean-Baptiste Grenouille
Ao olfato cabe o específico
detectar do aroma exato.
Na memória, um objeto explícito
ganha cor, gosto, som e tato.
Se na mente o odor não está contido
é natural que gere uma química fascinante
e o organismo vibre em busca do sentido
que, fluido, foge à razão volatizante.
Mais do que esse poema, o perfumista diz:
"Do profundo abismo ao inacessível penhasco,
colhi o que está bem embaixo do seu nariz:
a natureza, corpo e alma, neste frasco."
marcos prado & thadeu
do livro "eu, aliás, nós"
1994
4 comentários:
Na memória, um objeto explícito
ganha cor, gosto, som e tato.
perfeito.
exatamente essa sensação quando tentamos concretizar a sensação de saudade e concretização da memória.
te vi no jornal. que legal!!! mas não consegui comentar no outro blog. preciso ler o livro e ver o filme, há muito ouço falar desse livro. beijo.
Minha flor, como vai você?
Saudades! Mande notícias (sua orquídea está gigante)!
Beijos
Oi!Desculpe a invasão, mas parei para ler alguns poemas de autores que não conheço.Tem aqui poemas magníficos!Eu sou de Portugal e reparei que não tem aqui poesia portuguesa!Não é do seu agrado? Não gosta de Florbela Espanca, Fernando Pessoa ou Sophia de Melo Breyner Andersen? Voltarei mais vezes para visitar o seu blog se não se incomodar.Continuação de bons posts.
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