OS MENSAGEIROS
A palavra de lesma na chapa de folha?
Minha é que não é. Não a aceite.
Ácido acético em lata lacrada?
Não o aceite. Genuíno é que não é.
Um anel de ouro com o sol dentro?
Mentiras. Mentiras e dor.
Geada numa folha, o imaculado
Caldeirão, proseando e frigindo
De si para si no topo de cada um
Dos nove Alpes negros.
Um turtuveio nos espelhos,
O mar espedaçando o seu, cinza —
Amor, amor, estação minha.
Silvia Plath
A palavra de lesma na chapa de folha?
Minha é que não é. Não a aceite.
Ácido acético em lata lacrada?
Não o aceite. Genuíno é que não é.
Um anel de ouro com o sol dentro?
Mentiras. Mentiras e dor.
Geada numa folha, o imaculado
Caldeirão, proseando e frigindo
De si para si no topo de cada um
Dos nove Alpes negros.
Um turtuveio nos espelhos,
O mar espedaçando o seu, cinza —
Amor, amor, estação minha.
Silvia Plath
3 comentários:
Os Correios [Sylvia Plath]
A palavra de um caracol na folha dura?
Não é minha. Não aceitem a impostura.
Ácido acético numa lata selada?
Não o aceitem. É genuíno nada.
Um anel dourado que o sol emoldura?
Mentiras. Mentiras e amargura.
Geada sobre a folha, o imaculado
Caldeirão, falante e sibilado
Na sua solidão em cada altura
Dos nove Alpes em negrura.
Uma perturbação nos espelhos,
O mar estilhaçando seu cinzento ----
Amor, amor, meu mar cá dentro.
(trad. 19 Abr. ’07)
bonito
Adoro seus exercícios de tradução, José. Sempre que posto um poema com original em inglês fico aqui esperando para ver quais serão suas soluções. Como vai indo lá com o Sérgio Alcides?
besos,
Postar um comentário