SUBLIME I
mais puro que o vôo da corda
mais corda que a vida do vento
mais vento que a asa da lira
mais lírica que a prosa da pétala
mais pétala que a pluma dos dias
mais dias que o desejo do tempo
mais tempo que o acorde de sol
mais sol que a vontade de chuva
mais chuva que a sede de água
mais água que o verde da uva
mais uva que o veludo da veia
mais veia que a calda da lava
mais lava que a terra do fogo
mais fogo que a língua na boca
mais boca que a fome no corpo
mais corpo que a dança do sangue
mais sangue que o ouro da pedra
mais pedra que estátua de seda
mais seda que sonho de mel
mais nuvem que rosas no céu
mais céu que o fundo do azul
mais azul que os olhos de deus
Monica Berger
_____________________________
p.s.: é isso aí
2 comentários:
Ó, fiquei curiosa! O que você pensava/sentia quando escreveu o poema? Muito bom!!
Leilah
Hum...difícil Leilah. O poema é uma tradução do meu estado de espírito. E era isso, exatamente, o que estava em torno.
Mas se vc quer mesmo saber, eu me sentia muito feliz e sublimar era a melhor forma de aproveitar a onda sem perdê-la.
Há coisas que a gente sabe que são bem maiores do que parecem ser. E nem sempre o que se deseja está em carne e osso nas suas mãos.
O que não significa que a gente não possa fazer alguma coisa com elas, não é mesmo?
Fica a alma.
Postar um comentário