Pantera negra
com seus olhares
de fera acesa,
a serpe-sereia
Zoe de Camaris
dança nas trevas,
lambe na areia
de seus amores
línguas ferozes,
bocas vorazes.
Na dança
que Zoe enleia
nos seus temores
e avatares,
nasce a sereia
de cauda acesa
na luz das trevas
de seus amores,
pantera negra
que me incendeia
com seus olhares.
Línguas e vozes,
bocas vorazes,
a serpe-sereia
Zoe de Camaris
tece e retece
nas malhas das teias
de seus amores
a aranha negra,
pantera acesa
que, livre na treva
de suas malhas,
preso me enreda
nas presas
de suas garras.
Mário Chamie
16/08/03
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