A Avó dos Jaguares Demoníacos - Mito Guarani Mbyá. Chamada de Senhora dos Ossos Inúteis, é quem deixa gêmeos míticos para secar ao Sol colocando-os sobre uma yrupe - pequena cesta dos Mbyá usada para a farinha do milho ou da mandioca. Alguns mitos dizem que a primeira mulher foi encontrada debaixo de uma vasilha de barro. Em outros episódios essa mesma mulher é escondida em uma peça similar pela Avó dos Jaguares Demoníacos no intuito de protegê-la da ferocidade de seus netos (ESCOBAR, 1993).
A Mulher-Onça – Tradição dos nativos Botocudos. Um casal está acampado na mata. A mulher pede ao homem que a deixe só, quer transformar-se. Pinta-se e, em seguida, converte-se em onça mas do ombro para cima continua sendo gente. Então chama o marido que fica bastante surpreso e lhe pergunta como viveria doravante na sua companhia. A mulher-onça pede ao marido que espere e corre mata adentro, onde mata dois porcos. Um, ela dá para o marido, o outro devora sozinha. A mulher sempre leva comida para o homem, mas não permite que ele se aproxime dela. Um dia a cabeça de mulher transforma-se em cabeça de onça e ela se torna uma onça perfeita. Em um mito Kamakã, uma mulher jovem morre e ressuscita como onça. Quando seu marido vai chorar sobre o túmulo, lá está ela, tampando a boca para que ele não lhe veja os dentes. Quando ele deita a cabeça no seu colo, ela o mata. Mas a mulher se deixa amarrar pelo irmão e este a solta no mato (NIMUENDAJÚ, 1986).
Mulher-Jaguar – Mãe de Yeba Kumu, que é seu filho com Sol primordial, Yeba Haku [Hugh-Jones 1976]. A Mulher Jaguar aparece novamente como irmã de Meni Kumu quando é chamada de Mãe dos Jaguares-Trovão, no mito de Méneri-Ya. Yeba significa "Jaguar" e também "Terra" (HUGH-JONES, 1979). Curiosa sinonímia.
Noitu – Mitologia Kamaiurá, Tupi-Guarani. Palavras-Chave: CAÇA E ANIMAIS SELVAGENS; SOL E DIA; LUA E NOITE, DEUSA JAGUAR. Mãe do Sol, Kuat; e da Lua, Yai, presente na região do Mato Grosso (ANN & MYERS IMEL, 1993).
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