segunda-feira, outubro 16, 2006

Ele oferece uns versos à sua amada



Prende os teus cabelos num alfinete de ouro,
E prende cada trança vagabunda;
Pedi ao meu coração para fazer estes pobres versos;
Neles trabalhou, dia após dia,
Edificando de antigas batalhas
Uma dolente formusura.

Basta levantares a tua mão nacarada
E prenderes os teus cabelos longos e suspirares,
para que o coração dos homens arda e palpite;
E a espuma como uma vela sobre a areia opaca,
E as estrelas que trepam do céu de orvalho,
Só vivam para iluminar os teus pés que passam.


W. B. Yeats

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Ele oferece a sua Amada alguns Versos


Com um alfinete de ouro prende teu cabelo,
E amarra juntas tuas tranças soltas;
Instei meu coração a erigir uns pobres versos:
Dia após dia, neles trabalhou com desvelo,
Erigindo com sofrida graça suas voltas
Inspirado nas batalhas de idos sucessos.

Basta que estendas pálida a nacarada mão,
E suspires e longo amarres o cabelo teu;
E o coração dos homens irá abrasar e bater à vez;
E candelabros de espuma na areia do chão,
E estrelas ascendendo no orvalhante céu,
Vivem só p’ra iluminar a passagem de teus pés.


tradução de José M., da cidade do Porto

2 comentários:

Anônimo disse...

Ele oferece a sua Amada alguns Versos

Com um alfinete de ouro prende teu cabelo,
E amarra juntas tuas tranças soltas;
Instei meu coração a erigir uns pobres versos:
Dia após dia, neles trabalhou com desvelo,
Erigindo com sofrida graça suas voltas
Inspirado nas batalhas de idos sucessos.

Basta que estendas pálida a nacarada mão,
E suspires e longo amarres o cabelo teu;
E o coração dos homens irá abrasar e bater à vez;
E candelabros de espuma na areia do chão,
E estrelas ascendendo no orvalhante céu,
Vivem só p’ra iluminar a passagem de teus pés.

(trad. 17 Out ’06)

+ malocas disse...

Não conhecia essa definição de poesia do T.S.: dá uma inveja boa, não ?