quinta-feira, fevereiro 15, 2007



Ivan Justen, Rodrigo G. Lopes, José do Porto - quem se habilita?



ENNUI


Tea leaves thwart those who court catastrophe,
designing futures where nothing will occur:
cross the gypsy’s palm and yawning she
will still predict no perils left to conquer.
Jeopardy is jejune now: naïve knight
finds ogres out-of-date and dragons unheard
of, while blasé princesses indict
tilts at terror as downright absurd.

The beast in Jamesian grove will never jump,
compelling hero’s dull career to crisis;
and when insouciant angels play God’s trump,
while bored arena crowds for once look eager,
hoping toward havoc, neither pleas nor prizes
shall coax from doom’s blank door lady or tiger.


Soneto inédito de Sylvia Plath de 1955
(a tradução de Nelson Ascher está aqui)

3 comentários:

Olga disse...

Adoro Sylvia Plath!

Veja nos meu blog

http://sentircomaspalavras.blogspot.com/2006/11/sylvia-plath.html

ou em...

http://obeijodalua.blogspot.com/2007/01/lua-e-o-teixo.html

Rodrigo garcia Lopes disse...

que poema é este? nao conhecia.

Anônimo disse...

Enfado (Ennui, Sylvia Plath, 1955)

Folhas de chá protejam os que catástrofe cortejam,
delineando futuros onde nada irá ocorrer:
feita cigana lendo a palma e bocejando ela então
irá ainda prever que já não há perigos a vencer.
A ameaça é agora estéril: o ingénuo cavaleiro
descobre ogres fora de moda e dragões inauditos,
enquanto princesas alheadas censuram por inteiro
os desafios ao terror como absurdos descréditos.

A fera no bosque de James não mais irá saltar,
compelindo a baça carreira do herói aos ermitérios;
e quando incautos anjos a divina trompa fazem soar,
enquanto abúlicas gentes no circo saem do algibre,
ansiando por confusão, nem rogos nem refrigérios
atrairão à vazia porta do destino a dama ou o tigre.

(trad. 16 Fev. ’07)