quarta-feira, março 28, 2007


CANÇÃO



beleza é uma concha
do mar
onde ela reina triunfante
até o que o amor a encontre

vieiras e
patas de leão
esculturas para o
tom de recuadas ondas

acentos eternos
repetidos até
que o ouvido e o olho deitem
juntos na mesma cama


William Carlos Williams
Tradução: Virna Teixeira

4 comentários:

Priscila Manhães disse...

Lindo!

Zoe, você postou o conto do Cortázar e eu fiquei babando. Aí, pra minha surpresa, ganhei ontem o Livro das Amarelinhas. Pensei logo em você.

Um beijo.

joaninha disse...

É interessante este poema.Gostei.
Gostei de outros postes anteriores,por isso virei fazer mais visitas.
Beijocas

Anônimo disse...

Canção

A beleza é uma concha
do mar
onde reina triunfante
até o amor a chamar

vieiras e
patas de leão
esculturas ao
ritmo das ondas que vão

imortais acentos
repetidos até
o ouvido com o olhar se deitar
juntos na mesma cama

(rascunho de variante)

O Leitor disse...

Cara Zoe de Camaris, amiga de Guiomar de Grammont, adorei sua mensagem e fiquei realmente tocado pela resposta da Guiomar. É pra isso que a gente trabalha e escreve. Ainda mais porque uma amiga me acusou de machista pela resenha, por eu ter gostado de uma escritora que 'escrevia como homem'. Acho que não foi bem isso o que eu disse ou quis dizer, mas cada um escreve o que quer e o leitor que entenda o que bem entender também. Mas o fato da Guiomar ter gostado foi muito importante para mim. Sua missão de Trimegisto foi muito bem sucedida. Obrigado.