O POETAÇO E O POETENTOO poetaço e o poetento
trombaram (que susto!) um com o outro –
o verbo veio violento
à boca do que era o mais douto:
“Eu faço, eu verso, eu aconteço
e esse universo vai ver só:
reconheces não haver preço
em meu cantar de tom tão só?”
O mais humilde, nojentinho,
viu fim no meio do caminho
e disse ao vizinho, mesquinho:
“Não, não beberei deste vinho
passado que você fermenta.”
– enquanto a tardinha, agourenta,
morria sem um som plangente,
antipaticissimamente.
Ivan Justen Santana
2 comentários:
Olá!
também tenho um blog - voltado (principalmente, mas não exclusivamente) para a mulher.
Nele reproduzo tudo de interessante que leio por aí sobre sexo e sexualidade. Ficaria muito feliz com a sua visita e, se quiser, seu comentário ou sua crítica.
O endereço é
pontorouge.blogspot.com
bjs
Ótimo poema, ótimo!
Não conhecia o autor, nem o texto, nem você. E achei muito interessante sua abordagem no post acima.
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