Meu endereço eletrônico está em manutenção, então aqui é o canal que resta pra eu te mandar umas coisinhas interessantes:
Excerto do diário do último ano de Florbela Espanca (1894-1930):
Sou pagã e anarquista, como não poderia deixar de ser uma pantera que se preze...
VOLÚPIA
No divino impudor da mocidade, Nesse êxtase pagão que vence a sorte, Num frêmito vibrante de ansiedade, Dou-te o meu corpo prometido à morte!
A sombra entre a mentira e a verdade... A nuvem que arrastou o vento norte... - Meu corpo! Trago nele um vinho forte: Meus beijos de volúpia e de maldade!
Trago dálias vermelhas no regaço... São os dedos do sol quando te abraço, Cravados no teu peito como lanças!
E do meu corpo os leves arabescos Vão-te envolvendo em círculos dantescos Felinamente, em voluptuosas danças...
2 comentários:
Meu endereço eletrônico está em manutenção, então aqui é o canal que resta pra eu te mandar umas coisinhas interessantes:
Excerto do diário do último ano de Florbela Espanca (1894-1930):
Sou pagã e anarquista, como não poderia deixar de ser uma pantera que se preze...
VOLÚPIA
No divino impudor da mocidade,
Nesse êxtase pagão que vence a sorte,
Num frêmito vibrante de ansiedade,
Dou-te o meu corpo prometido à morte!
A sombra entre a mentira e a verdade...
A nuvem que arrastou o vento norte...
- Meu corpo! Trago nele um vinho forte:
Meus beijos de volúpia e de maldade!
Trago dálias vermelhas no regaço...
São os dedos do sol quando te abraço,
Cravados no teu peito como lanças!
E do meu corpo os leves arabescos
Vão-te envolvendo em círculos dantescos
Felinamente, em voluptuosas danças...
Eu conhecia a tradução "sou pantera e anarquista, como toda pantera que se preza". o poema é perfeito, espaço para Florbela. valeu.
besos,
Zoe
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