sábado, novembro 27, 2004





LUA DIVERSA


Quando o olho a lua sem óculos, o astigmatismo a duplica. Minha lua “natural” é de outro planeta; minha Terra tem duas luas onde canta o pássaro do paraíso. A lua cheia está entrando em Gêmeos. Cheia. Duas lentes. Duas luas. Cada um vê aquilo que deseja - eis a perfeição do mundo sublunar.

O filme de Ken Russel começa com um cenário de teatro, fake, decadente. João Batista está em uma jaula – é o artista da fome. Ao seu redor, mulheres vestidas feito panteras sádicas imitam os trejeitos da fera e maltratam o profeta com seus chicotes sibilantes. A lua cheia é um rasgo no pano de fundo. Ainda branca.

Zoe

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