terça-feira, maio 03, 2005


Oleg Zhivetin


Faz sol, faz frio. Curitiba está em casa. Perfeito para flores azuis. E elas nascem nos cantinhos - os miosótis selvagens da Morgye - brotando do cimento. Não há nada que encante tanto como a força bruta das raízes rompendo a pedra, o azul vibrante que quase cega contrapondo-se à delicadeza de uma flor mínima.

Cansei de sonhar com o impossível, tinha me casado com aquilo que não atingia. E um dia desses, vi a tal flor, magnética, olhando pra mim lá de cima. Resolvi colocar um ponto na sua frente. Um ponto final. E como se eu tivesse uma varinha mágica, ela veio até mim, em linha reta. Agora, tenho a flor azul nas mãos. De duas uma: ou se desfolha ou fica vermelha.

Até porque, depois que os japoneses inventaram a rosa azul, tudo é possível.

Zoe
p.s.: aproveitando o presente, Flowers for me.
Flowers for you.

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