"A poesia é apenas a evidência da vida. Se sua vida está queimando bem, a poesia é só a cinza" - LEONARD COHEN
domingo, dezembro 31, 2006
sexta-feira, dezembro 29, 2006
Soneto 52
Como o homem de fortuna, tenho à mão
A chave que os tesouros deixa ver
Mas que não usa sempre: para não
Gastar a fina ponta do prazer.
Assim brilhantes, as festas formosas
São no ano inteiro escassa maravilha:
Em fino engaste as pedras mais preciosas,
Ou a jóia maior na gargantilha.
Pois o tempo é meu cofre e te separa
- Guarda-roupa que as roupas traz fechado -
E só raro instante exibe a rara
Visão de seu tesouro enclausurado.
__Bem te haja o céu, que teu valor não cessa:
__Presente és triunfo, ausente és promessa.
William Shakespeare
tradução de Jorge Wanderley
segunda-feira, dezembro 25, 2006
A Esperança
Injeta sangue
no meu coração,
enche-me até o bordo das veias!
Mete-me no crânio pensamentos!
Não vivi até o fim o meu bocado terrestre,
sobre a terra
não vivi o meu bocado de amor.
Eu era gigante de porte,
mas para que este tamanho?
Para tal trabalho basta uma polegada.
Com um toco de pena, eu rabiscava papel,
num canto do quarto, encolhido,
como um par de óculos dobrado dentro do estojo.
Mas tudo que quiserdes eu farei de graça:
esfregar,
lavar,
escovar,
flanar,
montar guarda.
Posso, se vos agradar,
servir-vos de porteiro.
Há, entre vós, bastante porteiros?
Eu era um tipo alegre,
mas que fazer da alegria,
quando a dor é um rio sem vau?
Em nossos dias,
se os dentes vos mostrarem
não é senão para vos morder
ou dilacerar.
O que quer que aconteça,
nas aflições,
pesar...
Chamai-me!
Um sujeito engraçado pode ser útil.
Eu vos proporei charadas, hipérboles
e alegorias,
malabares dar-vos-ei
em versos.
Eu amei...
mas é melhor não mexer nisso.
Te sentes mal?
Tanto pior...
Gosta-se, afinal, da própria dor.
Vejamos... Amo também os bichos -
vós os criais,
em vossos parques?
Pois, tomai-me para guarda dos bichos.
Gosto deles.
Basta-me ver um desses cães vadios,
como aquele de junto à padaria,
um verdadeiro vira-lata!
e no entanto,
por ele,
arrancaria meu próprio fígado:
"Toma, querido, sem cerimônia, come!"
Vladimir Vladímirovitch Maiacoviski
Injeta sangue
no meu coração,
enche-me até o bordo das veias!
Mete-me no crânio pensamentos!
Não vivi até o fim o meu bocado terrestre,
sobre a terra
não vivi o meu bocado de amor.
Eu era gigante de porte,
mas para que este tamanho?
Para tal trabalho basta uma polegada.
Com um toco de pena, eu rabiscava papel,
num canto do quarto, encolhido,
como um par de óculos dobrado dentro do estojo.
Mas tudo que quiserdes eu farei de graça:
esfregar,
lavar,
escovar,
flanar,
montar guarda.
Posso, se vos agradar,
servir-vos de porteiro.
Há, entre vós, bastante porteiros?
Eu era um tipo alegre,
mas que fazer da alegria,
quando a dor é um rio sem vau?
Em nossos dias,
se os dentes vos mostrarem
não é senão para vos morder
ou dilacerar.
O que quer que aconteça,
nas aflições,
pesar...
Chamai-me!
Um sujeito engraçado pode ser útil.
Eu vos proporei charadas, hipérboles
e alegorias,
malabares dar-vos-ei
em versos.
Eu amei...
mas é melhor não mexer nisso.
Te sentes mal?
Tanto pior...
Gosta-se, afinal, da própria dor.
Vejamos... Amo também os bichos -
vós os criais,
em vossos parques?
Pois, tomai-me para guarda dos bichos.
Gosto deles.
Basta-me ver um desses cães vadios,
como aquele de junto à padaria,
um verdadeiro vira-lata!
e no entanto,
por ele,
arrancaria meu próprio fígado:
"Toma, querido, sem cerimônia, come!"
Vladimir Vladímirovitch Maiacoviski
sábado, dezembro 23, 2006
Declamando Penúltima, com Thadeu Wojciechowski
de anjo direito, na noite do aniversário do poeta
Marcos Prado.
PENÚLTIMA
como posso agora estar alegre?
era de se esperar que eu desesperasse
talvez mais tarde eu desintegre
entre o penúltimo e o último gole do último porre
e leve ao meu lado os que me seguem
sim
perdi a razão do que eu achava e do que eu acho
mas aprendi que o céu é mais embaixo
ainda não sei o quanto dei
e tantas quantas amei
ainda não sei ao certo se eu errei
Marcos Prado
sexta-feira, dezembro 22, 2006
SUBLIME I
mais puro que o vôo da corda
mais corda que a vida do vento
mais vento que a asa da lira
mais lírica que a prosa da pétala
mais pétala que a pluma dos dias
mais dias que o desejo do tempo
mais tempo que o acorde de sol
mais sol que a vontade de chuva
mais chuva que a sede de água
mais água que o verde da uva
mais uva que o veludo da veia
mais veia que a calda da lava
mais lava que a terra do fogo
mais fogo que a língua na boca
mais boca que a fome no corpo
mais corpo que a dança do sangue
mais sangue que o ouro da pedra
mais pedra que estátua de seda
mais seda que sonho de mel
mais nuvem que rosas no céu
mais céu que o fundo do azul
mais azul que os olhos de deus
Monica Berger
_____________________________
p.s.: é isso aí
mais puro que o vôo da corda
mais corda que a vida do vento
mais vento que a asa da lira
mais lírica que a prosa da pétala
mais pétala que a pluma dos dias
mais dias que o desejo do tempo
mais tempo que o acorde de sol
mais sol que a vontade de chuva
mais chuva que a sede de água
mais água que o verde da uva
mais uva que o veludo da veia
mais veia que a calda da lava
mais lava que a terra do fogo
mais fogo que a língua na boca
mais boca que a fome no corpo
mais corpo que a dança do sangue
mais sangue que o ouro da pedra
mais pedra que estátua de seda
mais seda que sonho de mel
mais nuvem que rosas no céu
mais céu que o fundo do azul
mais azul que os olhos de deus
Monica Berger
_____________________________
p.s.: é isso aí
A apresentação no Wonka me surpreendeu. Abriram a porta para o ensaio às 20h30. Eu, Ivan, Jones, Maria Teca, Francisco e Marcelo com tudo para a última hora, como manda a tradição. E nem daria tempo mesmo de maiores delongas porque a semana do Marcos pegou fundo. No ensaio, deu tudo errado. Fui trocar de roupa cansada, respirei fundo e tomei minha tequila, servida com o mesmo esmero de sempre pela Flavinha. E seja o que os deuses quiserem.
Magicamente, quando a projeção começou e o Ivan entrou em cena com Pursuit (Perseguição, de Silvia Plath) alguma coisa aconteceu. E o espetáculo rolou redondo redondinho até o bloco final.
Tudo sincronizado. Perfeito. O problema é sempre antes de entrar no palco, pelo menos comigo. Dou uma sorte daquelas.
A idéia da apresentação foi emoldurar meus poemas com poemas clássicos sobre a pantera. Lancei mão do filme Cat People, versões de 42 e 82. Ivan traduziu a música do Bowie que depois de declamada em duas línguas estourou bem no final, com a mão boa do Diego no som.
Agradeço a todos que compareceram e que auxiliaram.
Valeu, moçada. O resultado foi melhor do que esperado.
Uma árvore cheia de panteras para todos vocês.
Monica
terça-feira, dezembro 19, 2006
domingo, dezembro 17, 2006
BLUSA FÁTUA
Costurarei calças pretas
com o veludo da minha garganta
e uma blusa amarela com três metros de poente.
pela Niévski do mundo, como criança grande,
andarei, donjuan, com ar de dândi.
Que a terra gema em sua mole indolência:
"Não viole o verde das minhas primaveras!"
Mostrando os dentes, rirei ao sol com insolência:
"No asfalto liso hei de rolar as rimas veras!"
Não sei se é porque o céu é azul celeste
e a terra, amante, me estende as mãos ardentes
que eu faço versos alegres como marionetes
e afiados e precisos como palitar dentes!
Fêmeas, gamadas em minha carne, e esta
garota que me olha com amor de gêmea,
cubram-me de sorrisos, que eu, poeta,
com flores os bordarei na blusa cor de gema!
Vladimir Maiakovski
Tradução de Augusto de Campos
sexta-feira, dezembro 15, 2006
begônias silvestres
Viralobos é o Cara
minha braçada
dos pés à cabeça
é peso-pesada
minha manchete
cortadas de graça
saca meu chapa
minha saída
é ganhar a partida
pole-position invicta
se não gostou
não insista
dê a volta
e faça a pista
Sérgio Viralobos (plutão-aquário), o melhor parceiro-letrista de Marcos Prado (urano-arqueiro) mais Walmor (netuno-scorpio) na música-guitarra Chateau 666 e Hélèn Jeanne Lévi-Benseft, the place. Música-mote-norte pra mim em 80 e poucos. Contrabanda cai bem nos tempos em que se anuncia o fim do Beijo AA Força. O que será no futuro? Por hecatombe quem se esqueceria de Sérgio e o paletó branco cantando de costas para o público e tchau pra todo sempre lá no Guairão?
quinta-feira, dezembro 14, 2006
terça-feira, dezembro 12, 2006
rogério dias
passarinhos
piem na minha janela
façam uma serenata para mim esta noite
eu preparo as pipocas
e a mesa com frutas
vocês cantam e comem
eu bebo e danço
se a canção for triste
choramos todos juntos
se for alegre, barulho!
os vizinhos que se fodam
caso eles dindon
eu abro a porta: "entrem"
se não quiserem
cagamos na cabeça deles
e recomeçamos
na mesma nota
quando amanhecer, eu sei,
vocês têm trabalho
podem ir, mas já estão convidados
para a noite que vem
e podem trazer o resto da turma
Marcos Prado
Livro de Poemas
sábado, dezembro 09, 2006
Como pintar um pássaro
Rogério Dias
Pinte primeiro uma gaiola
com a porta aberta.
Em seguida pinte
alguma coisa graciosa,
alguma coisa simples,
alguma coisa bonita,
alguma coisa útil...
ao pássaro.
Depois, coloque a tela contra uma árvore
no jardim,
no bosque
ou na floresta
e esconda-se
atrás da árvore
sem dizer nada, sem se mexer.
Às vezes o pássaro chega logo,
mas pode levar muitos, muitos anos
até se resolver.
Não desanime,
espere.
Espere, se preciso, durante anos.
A velocidade ou a lentidão da chegada
do pássaro, não tem a menor relação
com a qualidade da pintura.
Quando ele chegar
(se chegar)
mantenha o mais profundo silêncio,
espere que ele entre na gaiola.
Depois que entrar,
feche lentamente a porta com o pincel.
Aí então
apague uma por uma todas as varetas.
(Cuidado para não esbarrar em nenhuma pena
do pássaro.)
Finalmente pinte a árvore,
reservando o mais belo de seus ramos
ao pássaro.
Pinte também a verde folhagem e a doçura do
vento,
a poeira do sol,
o rumorejo dos bichinhos da relva no calor da
estação.
Depois aguarde que o pássaro se decida a
cantar.
Se ele não cantar,
mau sinal:
sinal de que o quadro não presta.
Mas bom sinal, se ele canta:
sinal de que você pode assinar o quadro.
Então retire suavemente
uma pena do pássaro
e escreva o seu nome a um canto do quadro.
Jacques Prévert
Tradução de Carlos Drummond de Andrade
quarta-feira, dezembro 06, 2006
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
Marcos Prado
Somente a Arte, esculpindo a humana mágoa,
Abranda as rochas rígidas, torna água
Todo fogo telúrico profundo
E reduz, sem que, entanto, a desintegre,
À condição de uma planície alegre,
A aspereza orográfica do mundo!
Provo dessa maneira ao mundo odiento
Pelas grandes razões do sentimento,
Sem os métodos da abstrusa ciência fria
E os trovões gritadores da dialética,
Que a mais alta expressão da dor estética
Consiste essencialmente na alegria.
Augusto dos Anjos
p.s.: alegria compartilhada com o poeta polaco.
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
Marcos Prado
Somente a Arte, esculpindo a humana mágoa,
Abranda as rochas rígidas, torna água
Todo fogo telúrico profundo
E reduz, sem que, entanto, a desintegre,
À condição de uma planície alegre,
A aspereza orográfica do mundo!
Provo dessa maneira ao mundo odiento
Pelas grandes razões do sentimento,
Sem os métodos da abstrusa ciência fria
E os trovões gritadores da dialética,
Que a mais alta expressão da dor estética
Consiste essencialmente na alegria.
Augusto dos Anjos
p.s.: alegria compartilhada com o poeta polaco.
terça-feira, dezembro 05, 2006
quando se adia o coração
Ódio Platônico
A tua dor que me desculpe
O que você sente nem tem mais sentido
Amor então que me preocupe
Mas o teu ódio não será correspondido
Para odiar te falta destreza
Neste olhar mais mágoa que tristeza
Se ainda não tiver percebido
Tua aspereza não me deixa comovido
Nem se disser que o que sente
Para nós dois é suficiente
Terá possibilidade
Um dia você vai entender obsessão
E não ódio de verdade
O que se odeia quando
se adia o coração
Fernando Koproski & Renato
(Beijo AA Força no player)
segunda-feira, dezembro 04, 2006
Se dissesse tudo que tenho a dizer
Não diria nada
Chuva que cai sobre água molhada
Se atravessasse o muro
E tomasse a estrada errada
Ainda assim não diria mudo
De tudo tanto quanto nada
Nessa métrica macabra
Se algum ritmo absurdo
De verso pro ar
Tocasse o absoluto
Eternizaria um segundo
Sinal em meio a hora marcada
E se me encontrasse em apuro
Daria adeus em silêncio e no escuro
Seguro do que me agrada
Mas entretanto contudo
Pálido diamante puro
Permaneceria calado
Feito grafite duro
Como quem não quer nada
Rescrevendo nulo
Sobre linha mal traçadas
Rio, 18.8.99
Monica & Makely
Não diria nada
Chuva que cai sobre água molhada
Se atravessasse o muro
E tomasse a estrada errada
Ainda assim não diria mudo
De tudo tanto quanto nada
Nessa métrica macabra
Se algum ritmo absurdo
De verso pro ar
Tocasse o absoluto
Eternizaria um segundo
Sinal em meio a hora marcada
E se me encontrasse em apuro
Daria adeus em silêncio e no escuro
Seguro do que me agrada
Mas entretanto contudo
Pálido diamante puro
Permaneceria calado
Feito grafite duro
Como quem não quer nada
Rescrevendo nulo
Sobre linha mal traçadas
Rio, 18.8.99
Monica & Makely
domingo, dezembro 03, 2006
único amor
fugi pra onde te conheci
você percebeu que eu te percebi
disse “oi”“na chegada e
“vem cá” na saída”
único amor da minha vida embriagada
passei por cima do seu cadáver
e vi que você ressuscitou
subiu aos céus da minha vida
daqui não sai, daqui ninguém te tira
único amor da minha vida embriagada
(antonio thadeu wojciechowski, marcos prado e walmor góes)
sexta-feira, dezembro 01, 2006
Diz Thadeu, o poeta, quase flutuando:
"Mais da metade da poesia do Brasil é gay.
Porque não tem força suficiente no pau
para enfrentar uma buceta
de igual para igual".
Declarado no dia 4 de outubro de 2006, Bar do Torto. Reclamações e adendos aqui, nos comentários. De quebra, obtive a arrumação planetária da turma com aquiescência de Justen Santana e de Aranha:
Sol: Thadeu
Lua: Edilson
Mercúrio: Aranha de Vulcanis
Vênus: Beco
Marte: Magoo
Júpiter: Rodrigão
Urano: Marcos Prado
Saturno: Bira / Ferreira (empate técnico)
Netuno: Walmor Góes
Plutão: Sérgio Viralobos
Quíron: Ivan Justen Santana
Houve discordâncias quanto à classificação. Não sei se o Bira é tão soturno quanto Saturno. Eu pensei no Ferry Lover. Nem se o Ivan Quíron cura todo mundo - embora entenda de máculas e feridas. Mercuria quando Gralha. Pra mim ele é como il matto nei Tarochi. O Thadeu acha que o Rodrigo não é Júpiter e avacalha querendo incluir também o Foguinho. Eu acho que é Júpiter sim e meto a colher. Beco, não sendo Baco, é Vênus. Embeleza tudo que toca. Frank, Netuno, é o viajandão. Faz sonhos, cria nevoeiros (suspiros). Aranha, é bruxo-exu. Mercúrio. O gatilho mais rápido no mundo de Malrboro. Magoo é Marte disparado, concordadíssimo. Marcos, um tranco uraniano. O Viralobos é a melhor escolha - puro Plutão. Primo Edilson é de Lua. Diz Aranha que é "the dark side of".
A conversa caiu nos planetas porque comentei com Thadeu o poder solar que o puto tem em aglutinar a turma. E é vero. Far-se-á poesia em Curitiba, sem o Thadeu na área?
A Terra acabou restando para esta que vos escreve mas só porque eu tava lá com a caneta na mão. Ou porque a idéia é minha. Ou talvez porque transite próxima há eras. E depois, pensando na declaração anterior, pegava mal não incluir uma mulher na lista (tsc tsc tsc). Em todo caso, estendo meu outorgado e pretensioso "título" a nós, garotas, que estamos ao lado desses malucos há tantos anos - amigas, amantes, pôsas, ex-pôsas e àquelas de quem esqueci por causa do maldito palimpsesto.
Não, não sou mais feminista.
té té,
Monica
p.s.: aos tristóides, os planetóides e os asteróides.
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