Psiu
o que então me era mais caro
é só leda sinapse, bioquímica,
abandono já na garganta
todo engodo de veia lírica
memória sem voz e sem rosto
mania que atropela a trilha
aquele beijo no pescoço
paranóia ou adrenalina?
estava tudo impresso no verso
máquina-de-lavar cerebral
era uma enzima pé-ante-périplo
rondando a célula infinitesimal
um arroubo, uma bomba de hidras,
um carro à gás, um oásis sem ilhas,
um lero-lero de enzimas
quilhas & milhas do centro do coração.
Monica Berger
(do dia de hoje que já vai longe)
4 comentários:
lindo, baby. saudades da mulher-poesia. beijo.
apareci aqui por acaso. quando procurava uns poemas de Sylvia Plath.
gostei. e espero que não se importe se eu aparecer vez em quando.
ora, blog é pra essas coisas mesmo, né?!
Lindo poema, mesmo que tenha fugido da métrica constrictora do soneto:
Zoe - querias escrever um soneto e fizeste versos imortais, assinando Monica Berger:
uma verdadeira mulher-poesia, nas palavras certeiras da flechicerteira Janaína...
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